domingo, 24 de novembro de 2013

A Primeira Guerra Mundial: o processo de industrialização brasileira






Prezado leitor na presente publicação, abordaremos o evento que entendemos ser o marco inicial do conturbado século XX, a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). É importante frisarmos que esse episódio histórico contemporâneo, em termos de pesquisa histórica não gracejou do mesmo prestigio que a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Contudo ao aproximar-se do seu centenário em 2014, espera-se que este evento torne-se objeto de várias pesquisas históricas. Entendemos que o estudo deste acontecimento imêmore da História é de fundamental importância para se compreender um pouco o século XX. Dentre as infindáveis opções de objetos de análise presentes neste período histórico, optamos por dar enfoque também ao processo de industrialização brasileira durante e posteriormente os anos da Grande Guerra. Feitas as devidas ressalvas, convidamos você leitor para nos seguir numa breve caminhada pela Primeira Guerra Mundial.


A Primeira Guerra Mundial foi o momento de embate entre as potências mundiais que haviam se consolidado no século XIX. “Em sua gênese está a expansão e a competição próprias do capitalismo, a partir de uma de suas características básicas: o imperialismo”. (HEES, 2011, P. 499). Durante o final do século XIX, inicia-se o período de grandes avanços científicos, tecnológicos e industrial que ficou conhecido como a belle époque (1871 – 1914), foi durante esta era que as potências que viriam a entre em choque em 1914 se industrializaram fortemente, na busca de novos mercados consumidores houve a colisão dos seus imperialismos que resultaram na Grande Guerra.



28 de Junho de 1914, o Arquiduque Francisco
 Ferdinando e sua esposa são assassinatos em 
Saravejo, pelo estudante Gravilo Princip.
O estopim da Primeira Guerra Mundial foi o assassinato do herdeiro do império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando. Que foi assassinado em Saravejo capital da Bósnia e Herzegovina, como consequência deste ato formaram-se as alianças entre (Alemanha, Império Austro-húngaro e a Itália) conhecida como Tríplice Aliança e (Inglaterra, França e a Rússia) Tríplice Entente. “Dos dois lados, todos — militares, intelectuais, imprensa, o povo nas ruas — queriam, pediam a guerra. Todos pensavam que ela seria curta e gloriosa.” (ARARIPE, 2006, P. 320) ela não foi nem curta nem gloriosa, muito pelo contrario ela foi longa e muito violenta.
A guerra trouxe para o Brasil mudanças significativas em diversos aspectos, nos vários setores da vida nacional. Com ela o país teve o crescimento industrial estimulado (...) o pós-guerra trouxe ao país (...) desenvolvimento de sua infra-estrutura, incremento de suas relações comerciais e atração de capital estrangeiro. (MENDONÇA, 2008. P. 75).
Cidade de São Paulo
Na contra mão das grandes destruições provocadas pelas batalhas travadas durante a Guerra, está o processo de industrialização brasileiro que como podemos ver na citação acima foi impulsionado pala guerra, uma vez que submetido a bloqueios econômicos pela Alemanha parceira comercial do Brasil, este ultimo buscou solucionar o problema do bloqueio através da industrialização nacional. Como consequência se deu o processo de urbanização das principais cidades brasileira principalmente as cidades do Rio de Janeiro, e São Paulo centros da economia cafeeira. Este momento de grandes transformações nas áreas, industrial, urbanística e social brasileira ficou conhecido como a belle époque brasileira que se inicia nos anos de 1971 e se estende até o ano de 1922.

Como podemos perceber mesmo em meio ao período de grande destruição provocado pela Primeira Guerra Mundial, houve momentos de avanços estruturais e sociais significativos na sociedade brasileira, este momento de euforia, viria a ser abalado nos anos da Crise de 1929, tema da nossa próxima publicação. Desde o presente momento queremos convida-lo a acompanhar-nos na publicação seguinte, que será publicada em breve.


Referencias
ARARIPE, Luiz de Alencar. Primeira Guerra Mundial. In: História das Guerras / Demétrio Magnoli, organizador. 3. ed. São Paulo : Contexto, 2006. P. 319 – 355.

HEES, Carlos Renato. A Grande guerra – um cenário inumano. Disponível:<guaiba.ulbra.br/seminario/eventos/2011/artigos/historia/seminario/860.pdf>. Acesso em 22 out 2013.

MENDONÇA, Valterian Braga. A Experiência Estratégica Brasileira na Primeira Guerra Mundial, 1914 - 1918. 2008.

VALE A PENA VER

Filme Sobre a Primeira Guerra Mundial

Cavalo de Guerra - Sinopse

Ted Narracot (Peter Mullan) é um camponês destemido e ex-herói de guerra. Com problemas de saúde e bebedeiras, batalha junto com a esposa Rose (Emily Watson) e o filho Albert (Jeremy Irvine) para sobreviver numa fazenda alugada, propriedade de um milionário sem escrúpulos (David Tewlis). Cansado da arrogância do senhorio, decide enfrentá-lo em um leilão e acaba comprando um cavalo inadequado para os serviços de aragem nas suas terras. O que ele não sabia era que seu filho estabeleceria com o animal um conexão jamais imaginada. Batizado de Joey pelo jovem, os dois começam seus treinamentos e desenvolvem aptidões, mas a 1ª Guerra Mundial chegou e a cavalaria britânica o leva embora, sem que Albert possa se alistar por não ter idade suficiente. Já nos campos de batalha e durante anos, Joey mostra toda a sua força e determinação, passando por diversas situações de perigo e donos diferentes, mas o destino reservava para ele um final surpreendente.

     Trailer do Filme Cavalo de Guerra

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Breve Introdução à História Contemporânea

Quando nos deparamos com o estudo da História Contemporânea, encontramos com um leque vastíssimo de eventos que marcam esse período histórico. Nas publicações seguintes, vamos abordar alguns dos eventos que consideramos serem de fundamental importância para o estudo da História Contemporânea. Iremos focar nos eventos que marcam o século XX, em meio aos vários eventos que marcam o século em questão, elegemos alguns destes para serem abordados em publicações subsequentes, que são: Primeira Guerra Mundial; A Crise de 1929, A Ascensão dos Fascismos; A 2ª Guerra Mundial; A Crise dos Misseis Cubanos; A Queda do Murro de Berlim; O fim da URSS. Optamos por abordar estes eventos que tem como recorte temporal os anos de (1914 a 1991) por entendermos que estes refletem muito bem o que foi o século XX. 

O século XX foi marcado por avanços tecnológicos, tensões, assolações e grandes transformações no cenário politico global, um século de avanços e retrocessos, um momento da história que Eric Hobsbawn convencionou-se a denominar "Era dos Extremos". Durante este período histórico, ocorreu o embate entre as potências capitalistas que haviam se consolidado no século XIX. O choque entre estas potências acarretou nas (...) grandes guerras do século XX, conduzidas por colossais máquinas de matar, provocaram ruína, destruição e sofrimento indizíveis. (MAGNOLI; 2006. p. 13).

Segundo Hobsbawn (...) o grande edifício da civilização do século 20 desmoronou nas chamas da guerra mundial, quando suas colunas ruíram. Não há como compreender o Breve Século 20 sem ela. Ele foi marcado pela guerra. (1995. p. 30). Durante a Primeira Guerra, marco inicial do século XX. Morreram oito milhões de soldados, nove milhões de civis e, posteriormente, mais seis milhões devido à epidemia de gripe espanhola. Vinte milhões de pessoas ficaram invalidas. (VISENTINI e PEREIRA; 2006. p. 165). O número elevado de mortes durante a Primeira Guerra ilustra o quanto sangrento foi o século XX. 

Da Primeira Guerra até o fim da União Soviética grandes foram às tensões que marcam este período conturbado da história do século XX, o desenrolar do século em questão acompanharemos nas publicações subsequentes, a começar pelo ano de 1914 o ano da Primeira Guerra Mundial. Desde o presente momento convidamos você leitor, a acompanharmo-nos nessa viagem de volta ao século passado.

REFERENCIAS
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-199. — São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 

MAGNOLI, Demétrio. No Espelho da Guerra In: História das guerras / Demétrio Magnoli, organizador. 3. ed. São Paulo : Contexto, 2006. p. 9 – 19 

VISENTINI, Paulo & PEREIRA, Analúcia. História Mundial Contemporânea. (1776 -1991). Brasília: IBr, 2006.